Para responder a essa pergunta é preciso inicialmente definir o que é Branding pra quem lê esse texto, já ouviu tanto falar nesse termo e não sabe o que ele significa.

Um pouco dessa definição já apresentei em um post que publiquei aqui no meu blog, quando falei sobre diferenciação entre os termos “logo”, “logotipo” e “logomarca”. No post de hoje vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o assunto.

O que é Branding

Branding é a gestão de tudo que envolve a imagem de uma empresa para torná-lamais conhecida, mais desejada, mais positiva na mente e no coração dos consumidores. Isto é, garantir que a percepção de uma marca diante do seu público esteja alinhada com os ideais, valores, missão e propósito da empresa.

Não é algo feito do dia para noite. Sempre digo que Branding é um projeto de médio a longuíssimo prazo. É estar sempre presente o tempo todo, o que engloba tudo o que é feito por uma marca em todos os pontos de contato com o público, desde a embalagem até a forma como é exposta no ponto de venda.

E esse processo deve ser construído com a participação de todos da empresa. Afinal, se aqueles que estão no dia a dia trabalhando em favor da marca não acreditam nela e não se sentem motivados a atuar como seus promotores, como convencer o público externo a fazer o mesmo? O RH, por exemplo, seleciona os futuros talentos de uma empresa e para isso precisa está alinhado com todas as diretrizes da marca. Como os vendedores de balcão vão vender os produtos de uma marca se não acreditam na sua essência?

Assim, podemos afirmar que o Branding é menos propaganda e mais emoção. E por isso, por favor, não o confunda com marketing. O Branding promove a marca, o Marketing a venda.

Ficou confuso? Vou explicar.

Percepção de valor

Hoje, as pessoas não compram de fato o que as empresas vendem, mas sim, a maneira com que elas vendem. E a grande verdade sobre as escolhas por determinada marca é que elas se baseiam na nossa identificação com os motivos daquela marca e pelos sentimentos e conceitos que nos transfere.

Quer um exemplo? A Apple. Baseado no conceito “Think Different”, a empresa de Tim Cook não vende apenas um telefone com o qual você pode se conectar a outras pessoas por chamadas de voz ou pela internet através de vários aplicativos. A Apple quer mudar o mundo e a forma como as pessoas se comunicam e acredita que pode fazer isso através de um dispositivo que faça coisas incríveis, inclusive acessar a internet e se integrar com diversas funcionalidades.

Se as pessoas se identificam com esse motivo, criam uma conexão com a marca, começam a criar laços com ela e querem mostrar para o mundo que pensam daquela forma. Quem carrega um Iphone no bolso é porque pensa como a Apple.

Foto de três iPhones

Sob esse ponto de vista, o valor de uma marca é algo muito abstrato. Trazendo para a nossa realidade belorizontina, quanto você acha que custa a marca da Drogaria Araújo? Imagina qual o trabalho foi feito para que ela esteja presente na mente de todos os nossos conterrâneos. É inimaginável, ainda mais levando em consideração a sua estratégia de PDV onipresente em cada esquina de BH.

Marca é uma construção de percepção do consumidor. E isso varia de público para público. Voltando a Apple, para uns ela agrega valor. Agora, pra outros, ela não se compara a Samsung que produz produtos que muitas vezes oferecem recursos tecnológicos muito mais avançados que o Iphone. 

Ou seja, para a construção bem feita de um projeto de branding, ele precisa estar baseado nos valores, nos preceitos e em tudo o que a empresa acredita para, assim, conseguir criar um lanço de identificação com o seu público.

Vale ressaltar que aqui quando falo de marca, não falo dela como um nome e um logotipo (ou logomarca) apenas. A abordagem é mais ampla. Marca nesse contexto é tudo aquilo que representa uma empresa, a diferencia de uma forma clara dos seus concorrentes, tornando o seu produto único e especial. É o ronco do motor de uma Halley Davidson, é o “Hello Moto” dos telefone da Motorolla, o formato da garrafa de vidro da Coca-cola, o “pan, pan, pan” ouvido quando se liga um iMac e até mesmo aquele aroma que você adotou para a recepção do seu escritório.

A resposta

Se você já leu esse artigo até aqui e não se convenceu da importância de adotar estratégias de branding para a sua marca, vou colocar em negrito mais um argumento.

Gestão de marca está diretamente relacionada ao sucesso do produto.

De nada adianta ter um produto/serviço bom se a gestão da marca é falha. O público precisa se conectar a marca para ter interesse em seus produtos. Branding é  uma estratégia de atração de vendas através da criação de uma alma corporativa. Ele cria promotores fiéis à marca, que em uma necessidade de compra buscam pelo o que os identifica, em detrimento a outras marcas, independente de preços ou promoções.

 “Os produtos são criados na fábrica. As marcas são criadas na mente”. Walter Landor

 
E como fazer Branding?

Bom, sobre estratégias de Branding que podem ser adotadas por empresas de qualquer porte, falo no próximo artigo, combinado?

Seja bem- vindo. Esse é um espaço para falar sobre comunicação para negócios e compartilhar um pouco da minha experiência como publicitário e designer. Fique a vontade e boa leitura.

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Sobre o autor

Publicitário e designer gráfico, com mais de 15 anos de experiência atuando no mercado de comunicação, 10 deles como diretor de arte, redator e diretor de criação em agências de pequeno e médio porte. Hoje é consultor e ajuda empresas a encontrar soluções para os seus desafios de comunicação.

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